Mas eu sei que devo seguir em frente, embora doa eu devo ser forte '

domingo, 25 de dezembro de 2011

Ah garoto, você ainda vai lamentar, vai se arrepender. Ainda vai olhar outros rostos e só vai conseguir enxergar o dela, vai escutar o toque do seu celular indicando que há alguém te ligando e vai suplicar que seja ela, para que seja aquela que é a dona da voz mais linda, a da risada mais estranha porém que você ama, vai implorar que seja ela do outro lado da linha. Vai ver o jogo do seu time de futebol e não vai ter muita graça sem ter ela para torcer contra e te irritar. Vai ouvir a música de vocês e não terá ela para dançar de um jeito desengonçado e bobo fazendo você sorrir feito uma criança, não vai ser a mesma coisa, pois você não estará mais com ela. Vai ver o filme preferido de vocês no dia de frio e vai sentir falta da cabeça dela encostada no seu peito, daquele jeito em que ela podia escutar as batidas do seu coração, aquele jeito que você sentia o suave cheiro dos cabelos caídos sobre seu peito. Vai abrir o seu armário e vai ver o seu casaco que ela costumava vestir nos dias de frio, que a propósito, era duas vezes maior que seu corpo e que você ria e a chamava de anã. (…) Vai reler as cartas que elas escreveu quando vocês estavam juntos, e não vai ter ela para dizer que ficou horrível mesmo com lágrimas nos olhos, e um sorriso enorme nos lábios, para somente irritá-la e ver como fica linda brava. Vai lembrar de promessas e planos que vocês fizeram juntos para um futuro distante, e vai sentir falta da voz dela no final te dizendo “Você promete?”. Vai passar nos lugares que costumavam ir e não vai ter a mão dela segurando a sua, e te olhando com aquela ar bobo, corada ao ver você retribuir o modo como ela te olhava. Vai conhecer pessoas que possui o nome que vocês tinham escolhido um dia para o filho de vocês, e vai lembrar de toda a teimosia até chegar a um acordo de ambas as partes. Você vai sentir falta dela, garoto. Vai querer tê-la de novo nos teus braços, te apertando, te mordendo, te fazendo sorrir por realmente ser feliz de novo. Sabe por quê? Porque você a deixou escapar entre teus dedos enquanto caminhavam quando ela mais implorou “Não solte minha mão!”. 

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